Ademir Júnior
A forma como Ademir Junior improvisa o coloca na vanguarda entre os melhores improvisadores da atualidade.
Sua jornada musical iniciou aos 7 anos com o seu pai, mas só começou a levar a sério os estudos quando entrou na Banda do Sesi, aos 10 anos, e com pouco mais de 2 meses na clarineta, o Juninho já se apresentava com a Banda. Em menos de um ano o pequeno prodígio fez sua primeira gravação num trabalho do cantor Oswaldo Montenegro e se torna o solista da Banda do Sesi de Ceilândia.
Sua determinação o fez completar todas as lições do famoso método Klosè com mais de 600 páginas em menos de 2 anos, vencendo todas as barreiras técnicas do complexo instrumento, foi indicado para ingressar na Universidade de Brasília com apenas 13 anos. Sem idade ainda para prestar o vestibular, finalizou o curso de clarineta como aluno de extensão com o professor Luiz Gonzaga Carneiro. Em 1993 conquistou a segunda colocação no concurso de jovens solistas em Piracicaba, São Paulo.
Aos 18 anos Ademir decide aprender o saxofone. Autodidata, tem contribuído para a história do saxofone no Brasil popularizando as possibilidades técnicas do instrumento, sendo cada interpretação popular do saxofone uma extensão do seu conhecimento erudito. A desenvoltura técnica, melódica, amplo e moderno conhecimento harmônico e riqueza de possibilidades rítmicas propicia ao músico total controle da situação no palco. Faz do instrumento uma ponte para a comunicação com o público, desenvolve ideias simples e profundas. Em suas mãos o saxofone parece ser fácil, é o que muitos dizem nas redes sociais.
Há 29 anos como profissional, o brasiliense emociona plateias e faz todos que o ouvem, se orgulharem em como esse músico representa a arte musical brasileira. Aclamado por grandes músicos da atualidade como um gênio musical.
Por seus valores inexplicáveis torna-se o primeiro saxofonista brasileiro de jazz a se tornar artista da maior marca de saxofones no mundo, a Selmer Paris, e primeiro clarinetista no Brasil a assinar com outra grande marca de boquilhas e acessórios, a Vandoren.
Na clarineta dá continuidade ao legado deixado por Paulo Moura, mesclando a improvisação jazzística inserida nas riquezas da música brasileira e popularizando os valores do instrumento, se tornando uma referência para um incontável número de seguidores.
Um dos grandes nomes do saxofone, Ademir Junior que é maestro, educador, e mestre na improvisação lança este ano seu sexto CD. Titulado “O Brasil do Saxofone” com Ademir Junior e Baptiste Herbin, gravado ao vivo no Clube do Choro após uma turnê na França pelo mesmo projeto. Seus outros CD’s são: “Gratidão” - 2002, “Vitória na Cruz” – 2007, "Brasilidades" lançado em 2009, com participação especial de Hermeto Pascoal e “Camaleão I” lançado em 2013 com participação do saxofonista Bob Mintzer. Este álbum, em 2013, foi indicado ao Prêmio da Música Brasileira. “Camaleão II – Sensações” gravado em 2015 com ênfase em ritmos nordestinos.